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A guerra comercial que chega à sua geladeira — e por que o Brasil precisa acordar

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Jornalista Thiago de Moraes - Crédito da Foto: Acervo Pessoal

Por Thiago de Moraes

É curioso como uma briga entre duas potências do outro lado do mundo pode mexer com algo tão simples quanto o preço do óleo de cozinha na prateleira do mercado do bairro. Mas é isso que está acontecendo.

Estados Unidos e China estão mergulhados em uma guerra comercial. Cada um tenta proteger seu próprio mercado, aumentando as tarifas e dificultando a entrada de produtos do outro. Nada disso é novidade no noticiário internacional. A questão é: por que isso deveria interessar a você, que vive no Brasil e está apenas tentando manter as contas em dia?

Porque essa briga afeta diretamente o nosso bolso. Quando os Estados Unidos deixam de comprar da China, a China procura outros parceiros — e o Brasil entra na jogada. Aumenta a procura por produtos nossos, como a soja. E o que acontece quando algo passa a ser muito procurado? O preço sobe. E lá se vai o óleo da sua cozinha, a ração dos seus animais, o alimento da sua mesa. O mesmo vale para a indústria: se faltar peça importada, falta produto final. Geladeiras, celulares, TVs… tudo fica mais caro.

Não estamos falando de teoria. É o seu dia a dia que muda. É o carrinho do supermercado que vem mais vazio. É uma farmácia que virou desafio. É o celular novo que virou sonho distante.

Mas aqui vai o ponto onde eu quero chegar: essa crise pode ser também uma oportunidade. Talvez, pela primeira vez em muito tempo, o Brasil esteja diante de um empurrão — não gentil, é verdade — que o obriga a olhar para dentro e investir em si mesmo.

Temos cérebros desenvolvidos, pessoas criativas, pesquisadores comprometidos, empreendedores geniais. O que falta é decisão política, apoio real e visão de longo prazo. Por que não produzimos aqui nossos próprios medicamentos, peças eletrônicas, tecnologias de ponta? Por que continuamos tão dependentes de tudo o que vem de fora?

A resposta não é simples, mas o caminho é claro: educação, ciência, inovação e incentivo à produção nacional. Se valorizarmos nossas universidades, fomentarmos a pesquisa, apoiarmos a pequena indústria e aproveitarmos o talento brasileiro com inteligência, podemos criar nossos próprios caminhos. Não apenas sobreviveremos à crise — mas sairemos dos mais fortes.

Estamos entrando de cabeça na era da Inteligência Artificial. E o Brasil precisa decidir se será apenas consumidor de tecnologia estrangeira ou se ocupará o lugar que merece como criador e exportador de inovação.

Sim, o momento é difícil. Sim, o impacto é real. Mas toda crise também pode ser um ponto de virada. O Brasil tem tudo para deixar de ser um espectador do jogo internacional e virar um protagonista. Basta vontade. É coragem!

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