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Notificações de intoxicação por metanol em SP chegam a 53: médico alerta para risco de cegueira e morte em até 48 horas

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Crédito da Foto: Divulgação

Casos confirmados e mortes em investigação acendem sinal de alerta sobre consumo de bebidas adulteradas. Dr. Adriano Faustino, médico nutrologista e especialista em metabolismo, explica os efeitos do metanol no organismo e a importância de atendimento rápido.

O número de notificações de suspeita de intoxicação por metanol no estado de São Paulo subiu de 45 para 53, segundo balanço da Secretaria Estadual da Saúde divulgado nesta quinta-feira (3). Até o momento, foi confirmada uma morte após consumo de bebida adulterada, enquanto outras cinco estão em investigação.

Do total, 11 casos já tiveram presença de metanol comprovada em exames laboratoriais, os outros casos seguem sob análise. Entre as vítimas, estão pessoas de diferentes idades, residentes na capital paulista e em São Bernardo do Campo.

O metanol — também conhecido como álcool metílico — é utilizado industrialmente como solvente e combustível, mas é extremamente perigoso quando ingerido. Ao ser metabolizado pelo fígado, transforma-se em formaldeído e ácido fórmico, substâncias que atacam o sistema nervoso central, os nervos ópticos, o fígado e os rins, podendo levar à cegueira irreversível, falência múltipla de órgãos e morte.

O grande problema do metanol é que, nas primeiras horas, ele engana o corpo. Os sintomas iniciais se parecem com uma embriaguez comum, e muitas pessoas acabam demorando a buscar atendimento”, explica o Dr. Adriano Faustino, médico nutrologista, coordenador do Ambulatório de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital Regional de Betim/MG e professor universitário.

Linha do tempo da intoxicação por metanol

Primeiras 12 horas – sintomas discretos e enganosos

Náuseas, dor abdominal, tontura e dor de cabeça podem ser confundidos com uma simples ressaca.
O fígado já começa a metabolizar o metanol em formaldeído e ácido fórmico.
Mesmo que o paciente se sinta apenas mal, seu organismo já está sofrendo alterações metabólicas. Exames de sangue podem indicar acidose metabólica e aumento do osmolar gap, sinais de que o corpo caminha para uma intoxicação grave”, detalha o Dr. Faustino.

De 12 a 24 horas – os olhos sofrem primeiro

O ácido fórmico inibe a produção de energia nas mitocôndrias. Tecidos que demandam mais energia, como retina e nervo óptico, são os primeiros a sofrer.
Sintomas típicos: visão borrada, fotofobia e percepção de pontos luminosos (“chuva de pixels”).
O nervo óptico é extremamente vulnerável. A degeneração das fibras e a falta de energia podem levar à cegueira permanente se não houver intervenção rápida”, alerta o especialista.
Além disso, instala-se acidose metabólica mais intensa, com respiração rápida, confusão mental e fraqueza.

Até 48 horas – risco de falência múltipla e morte

O ácido fórmico se acumula e atinge de forma agressiva o sistema nervoso central, podendo provocar convulsões, coma e arritmias cardíacas.
Coração, pulmões e rins entram em colapso progressivo.
Passadas 48 horas sem atendimento adequado, a reversão dos danos é extremamente difícil. Cada hora conta para salvar vidas e prevenir cegueira”, reforça Dr. Faustino.

Por que o metanol engana o corpo?

Metanol e etanol disputam a mesma enzima no fígado: a álcool desidrogenase.
Diferença: etanol → acetaldeído → ácido acético (metabolizável); metanol → formaldeído → ácido fórmico (altamente tóxico).
O fígado, que normalmente nos protege, acaba se tornando uma biofábrica de veneno no caso do metanol”, resume Dr. Faustino.

Tratamento exige rapidez

Antídotos: fomepizol (inibe a enzima que inicia a metabolização tóxica) ou etanol (compete pela mesma via).

Hemodiálise: remove rapidamente metanol e ácido fórmico.
Bicarbonato de sódio: corrige acidose metabólica.
Ácido folínico/fólico: acelera detoxificação do ácido fórmico.

Dr. Faustino reforça que a prevenção é essencial: “Evitar bebidas de procedência duvidosa é a melhor maneira de não passar por esse risco. E caso haja qualquer suspeita de ingestão, buscar atendimento médico imediato pode salvar a visão e a vida.”

Em entrevista coletiva, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou a instalação, em Brasília, de uma “sala de situação” para monitorar os casos crescentes de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica e coordenar as medidas a serem adotadas.

Já há casos sendo investigados em outros Estados. 6 em Pernambuco, 1 no Distrito Federal e 1 na Bahia.

Quem é Dr. Adriano Faustino

– Médico graduado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG);

– Especialista em Geriatria, Nutrologia (ABRAN), Medicina Funcional, Fisiologia Hormonal e Oncologia Integrativa;

Título de Especialista em Medicina Legal e Perícias Médicas;

– Médico legista no Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte;

– Coordenador do Ambulatório de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital Regional de Betim/MG;

Professor universitário nas áreas de Medicina Legal, Anatomia Médica, Primeiros Socorros e Legislação Médica;

Professor de Pós-Graduação na Fundação Unimed e no Mestrado em Saúde da Faculdade de Direito Milton Campos (MG);

– Diretor da Sociedade Brasileira de Medicina da Longevidade (SBML) e da Sociedade Brasileira de Medicina da Obesidade (SBEMO);

– Idealizador do Programa Saúde Máxima e do Protocolo de Medicina Investigativa, já ajudou milhares de pacientes a transformarem suas vidas com diagnósticos precisos e abordagens terapêuticas baseadas em ciência de ponta, estilo de vida, alimentação e intervenções personalizadas;

– Desenvolvedor do Protocolo C.A.U.S.A. – Câncer, Autocuidado, Unidade, Saúde e Ação;

– Pregador e professor de Escola Bíblica Dominical desde 2001;

– Autor do livro Cientificamente Divino – Princípios bíblicos e científicos para uma saúde máxima.

Mais informações disponíveis:

no site: https://www.institutofaustino.com.br/

e nas redes sociais: https://www.instagram.com/dr.adrianofaustino/  – @dr.adrinaofaustino

https://www.instagram.com/institutofaustino/  – @instituto Faustino

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