‘Bahia, da fé ao profano’ é o enredo da Mancha Verde para o Carnaval 2025 – Entrete 1
Connect with us

Renato Cipriano

‘Bahia, da fé ao profano’ é o enredo da Mancha Verde para o Carnaval 2025

Publicado a

em

Mancha Verde - Crédito da Foto: Renato Cipriano
Casal MS&PB Mancha Verde - Crédito da Foto: Renato Cipriano

Inspirado na série-documentário com o mesmo nome, idealizada pelo produtor Gastão Netto, baiano de Salvador, o enredo sugere demonstrar como alguns dos costumes sagrados e tradições das festas religiosas afro-católicos brasileiros estão presentes e se misturam com a “profanidade” da Bahia.

Um mergulho intenso de fé e festa que vem do povo baiano.

Todo filho da Bahia nasce com uma vaidade inerente. O baiano é um povo que adora se embelezar e se enfeitar para cultuar sua fé através dos seus Santos e Orixás e para ‘profanar’ nas festas, quase que ao mesmo tempo.

Quando o significado de profanar na “linguagem” baiana está muito mais próximo de festejar, curtir, “comer e beber” as suas festas, usar o seu corpo seja para dar ‘passagem’ a seu orixá no candomblé seja para seguir as procissões de santos católicos, ou para deixar aflorar as mais diversas expressões da sua ancestralidade em forma de cultura, de dança, se deixando levar pelos diversos ritmos e sons, tradicionais e contemporâneos, que brotam de todos os cantos da cidade, deixando fluir a sensualidade e o prazer.

Tudo harmoniosamente misturado. Tudo abençoado, profanamente permitido e justificado pela fé proferida em algumas das festividades religiosas das mais importantes e populares de Salvador e seu entorno. Ali se cultua Senhor do Bonfim, Iemanjá, São Bartolomeu no Recôncavo, Bom Jesus dos Navegantes, Santa Bárbara entre outras centenas de santos e orixás.

Se ouvem os ritmos ancestrais africanos, marcados pelo toque dos atabaques, se misturando ao canto gregoriano que surge das igrejas da cidade, ao axé do carnaval, ao pagodão baiano e ao eletrônico e sistêmico som dos paredões que brotam da periferia.

Expressões que se renovam a cada dia, nesse lugar de fé, sagrado e profano que é Salvador e a Bahia.

enredo da Mancha Verde para o Carnaval 2025

Enredo Mancha Verde Carnaval 2025


substantivo feminino
1. confiança absoluta (em alguém ou em algo); crédito.
2. RELIGIÃO: no catolicismo, a primeira das três
virtudes teologais.

Para a Mancha Verde, fé é aquilo que nos fez acreditar que poderíamos ter
chegado até aqui.

Fé é o que nos move, o que nos faz resilientes. Fé em nossos Orixás, em Iemanjá,
Iansã ou Santa Bárbara.

Fé em Bom Jesus dos Navegantes, em Oxalá ou Senhor do Bonfim.
Na nossa essência, fé em nossa Mãe Aparecida.

Nós somos intensos, acertamos e erramos, rezamos, e profanamos, e é a fé que
nos equilibra.

Embelezar
verbo transitivo
Tornar mais belo, enfeitar, ornar: embelezar a casa; o sonho embeleza a realidade. Embelezar uma
história, orná-la em detrimento da verdade.

Para a Mancha Verde, todas as pessoas têm o direito de buscar sua beleza. Tem gente que se embeleza para ir à missa, no culto, no terreiro, para professar sua fé.

Tem gente que se embeleza para curtir, dançar, brincar, seduzir.

Todos buscam assim se realizar e se afirmar. Todos buscam encontrar a beleza
da vida e a felicidade.

Profanar
Verbo transitivo direto
tratar com irreverência, desrespeitar a santidade de.
tratar desrespeitosamente; ofender, afrontar, macular.

Para a Mancha Verde, profanar é aproveitar de forma irreverente o que a vida nos
proporciona.

Curtir, se afirmar, amar, beber, comer, dançar, sensualizar, enfim equilibrar as
coisas sérias com as coisas divertidas que a existência nos permite.

Continue Lendo
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Mais Lidas

© Todos os direitos reservados