Casa Fiat de Cultura inaugura “Pausa para o devir”, com obras de Stela Barbieri – Entrete1
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Peterson Baestero

Casa Fiat de Cultura inaugura “Pausa para o devir”, com obras de Stela Barbieri

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A partir das instalações da artista Stela Barbieri, a mostra explora a pausa como uma fonte de experiências e de imaginação

Pausar para refletir, mas também para reinventar caminhos. Esse é o convite da Fundação Torino e da Casa Fiat de Cultura por meio da exposição Pausa para o devir”, que fica em cartaz entre 7 de outubro e 7 de dezembro de 2025. Com curadoria de Marconi Drummond, a mostra reúne instalações de diferentes formas e materialidades criadas pela artista visual, educadora e contadora de histórias Stela Barbieri, que dialogam com produções coletivas da comunidade escolar da Fundação Torino. A proposta é oferecer uma experiência imersiva em que arte e educação se entrelaçam em um gesto de coparticipação entre a artista, os alunos e o público. A exposição terá sua abertura marcada por um bate-papo entre a artista Stela Barbieri e o curador Marconi Drummond, com mediação do jornalista Rogério Tavares, no dia 7 de outubro, às 19h30, na Casa Fiat de Cultura. Toda a programação é gratuita.

Elaboradas a partir de materiais como bambu, sementes e cabaças, as instalações convidam o visitante a entrar, permanecer e viver o tempo da pausa, seja para descansar ou conversar. Definida por Stela Barbieri como uma “obra-oficina”, a exposição cria ambientes de desaceleração, que despertam o devaneio, a atenção e a introspecção. “Pausa para o devir é um convite para estar presente e religar o que já foi com o que está por vir, no balanço dos corpos entre a terra e o céu. Uma proposta de encontro consigo e o mundo, entre a arte e a educação”, reflete a artista.

Na galeria da Casa Fiat de Cultura, grandes casulos de bambu e cabaças acolhem cadeiras de balanço que convidam à pausa. Combinando elementos táteis, sensoriais e sonoros, eles ativam a imaginação e a reflexão por meio de narrativas, músicas, histórias tradicionais e composições autorais entrelaçadas a sons da natureza, vozes e canções. Há também os casulos que podem ser colocados na cabeça, preparados com sementes e cascas que convidam os visitantes a experimentar novas sonoridades a partir do próprio movimento.

No núcleo videográfico, é possível conhecer o processo das oficinas realizadas com estudantes de diferentes idades da Fundação Torino, que resultaram em desenhos, monotipias e objetos escultóricos. A exposição é, também, uma obra-oficina: um território fértil em que cada pessoa é chamada a criar. Entre as propostas participativas, está o Perguntatório, uma instalação tipográfica em que cada visitante pode lançar suas perguntas ao futuro. Outro dispositivo em formato de lousa convida a desenhar e fabular pausas e seus possíveis desdobramentos. Para o curador da mostra, Marconi Drummond, “mais do que interrupção, a pausa aqui é potência: usina de experiências compartilhadas e exercício de imaginação em tempos de aceleração. Pausa como “direito ao sossego”, como nos lembra a artista Stela Barbieri”.

O título Pausa para o devir reflete a proposta central da exposição. A pausa é entendida como um momento de atenção e de respiro em meio à pressa do cotidiano, enquanto o devir remete ao movimento e à transformação. Entre esses dois conceitos, a mostra cria um espaço no qual o público é convidado a experimentar outras formas de relação com o tempo e com a própria sensibilidade. O presidente da Casa Fiat de Cultura, Massimo Cavallo, completa: “a exposição é, portanto, um convite a entrar nos casulos de imaginação que se abrem na Casa Fiat de Cultura, a experimentar outras formas de estar presente”.

A exposição “Pausa para o devir na Casa Fiat de Cultura” é uma realização da Casa Fiat de Cultura, da Fundação Torino e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Conta com o patrocínio da Stellantis, da Fiat, copatrocínio da Stellantis Financiamentos, do Banco Stellantis, do Banco Safra e da Sada. A mostra tem apoio institucional do Circuito Liberdade, além do apoio do Governo de Minas e do Programa Amigos da Casa.

A escola como ateliê

“Pausa para o devir na Casa Fiat de Cultura” celebra os 50 da Fundação Torino. Ao lado das obras de Stela Barbieri, a exposição destaca a produção coletiva dos alunos da Fundação Torino, que participaram ativamente da exposição com criações gráficas, objetos e experimentações visuais. Esse gesto reforça a vocação da escola como espaço de invenção e aprendizado contínuo, em sintonia com a proposta da mostra, que celebra a arte como prática compartilhada.

“Ao completar 50 anos, a Fundação Torino convida todos a fazer uma pausa — não como interrupção, mas como gesto de presença. A exposição Pausa, que trazemos para a cidade como presente coletivo, traduz com profundidade esse momento da nossa história: um tempo de escuta, contemplação e reinvenção. Celebramos meio século de tradição e inovação propondo uma reflexão sobre o tempo, sobre a beleza do agora e sobre os futuros que desejamos construir, com consciência, sensibilidade e esperança”, afirma Márcia Naves, diretora da Fundação Torino.

Divinas Conversas

Com uma edição especial na Casa Fiat de Cultura, o Divinas Conversas, um ciclo de encontros promovido pela Fundação Torino, marca a abertura da exposição “Pausa para o devir”. O encontro reúne a artista Stela Barbieri e o curador Marconi Drummond, com mediação do jornalista Rogério Tavares, para compartilhar reflexões sobre o processo de criação da mostra. A conversa percorre obras, experiências e entrelaçamentos de linguagens — visual, musical, corporal e verbal — entendidos como formas poéticas de inventar atmosferas de pausa em tempos de aceleração.

O Divinas Conversas será realizado no dia 7 de outubro, às 19h30na Casa Fiat de Cultura. Os interessados podem se inscrever gratuitamente pela Sympla.

Sobre a artista, Stela Barbieri

Stela Barbieri é uma artista que atua em muitos campos: nas artes visuais, na educação, na literatura e no encontro das áreas do conhecimento. Como propositora de experiências e processos de interação entre arte e educação, inventa espaços que convidam à coparticipação. Em suas ações, os limites entre a imagem, a escrita, as histórias, as linguagens da arte e da educação são percorridos, investigados e subvertidos. Seu universo é híbrido de códigos verbais, visuais, inventivos e cognitivos. Para isso, Stela – em sua produção artística e em sua atuação em processos de aprendizagens – construiu conexões vigorosas entre arte e educação.

Com essa abordagem, foi curadora do educativo da Bienal de SP por seis anos (três bienais, e duas mostras especiais), diretora da Ação Educativa do Instituto Tomie Ohtake (2002-14), foi conselheira da Fundação Calouste Gulbekian, em Portugal, criadora de currículos e assessora de artes de escolas de referência em São Paulo e outras cidades no Brasil. Stela é autora de livros de educação, arte e literatura, trabalho que se desdobra também na arte de contar histórias. Recentemente lançou o disco Canoa, com suas composições. Dirige o binåh espaço de arte, um ateliê vivo, com cursos, palestras, formações e assessorias.

Sobre o curador, Marconi Drummond

Marconi Drummond é artista visual, curador independente, designer gráfico e gestor cultural. Mestre e doutor em Artes Visuais pela UFMG (2011 e 2024), atuou como curador do Museu de Arte da Pampulha (2006-2010), onde concebeu o programa expositivo, coordenou três edições da residência Bolsa Pampulha e assinou projetos editoriais. Como curador independente realizou exposições em instituições como o Centro Cultural Minas Tênis Clube, Sesc Palladium, Casa Fiat de Cultura, Museu de Artes e Ofícios, Biblioteca Pública Estadual, Palácio das Artes e Centro Cultural Fiesp. Entre seus projetos destacam-se “CRIA: Experiências de Invenção”, “Cartografia Imaginária: a cidade e suas escritas”, “Lorenzato: Simples Singular” e mostras dedicadas a artistas como Adriana Varejão, Cao Guimarães, Regina Silveira, Paulo Bruscky e Jac Leirner. Foi superintendente da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 2013-2014) e diretor da Escola de Arte Rodrigo Melo Franco de Andrade (FAOP/Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais).

Fundação Torino

Há 50 anos reconhecida pela consolidada tradição científica e humanística, a Fundação Torino atua como Escola Internacional, da Educação Infantil ao Ensino Médio e oferece duplo diploma a seus alunos, a fim de capacitá-los a ingressar nas mais conceituadas universidades do Brasil, da União Europeia e da América.

As ações educacionais da Fundação Torino, que é regulamentada pelos governos brasileiro e italiano, promovem várias conexões entre temas como literatura, música, arte, esportes, tecnologia, entre outros.

Em 2016, a Fundação Torino inaugurou seu Centro Cultural, que abriga a biblioteca Dante Alighieri, que reúne títulos em vários idiomas; um auditório que oferece programação variada de palestras; além de uma moderna galeria dedicada a exposições fotográficas. Toda a programação do Centro Cultural da Fundação Torino é gratuita.

Casa Fiat de Cultura 

A Casa Fiat de Cultura cumpre importante papel na transformação do cenário cultural brasileiro, ao realizar prestigiadas exposições. A programação estimula a reflexão e interação do público com várias linguagens e movimentos artísticos, desde a arte clássica até a arte digital e contemporânea. Por meio do Programa Educativo, a instituição articula ações para ampliar a acessibilidade às exposições, desenvolvendo réplicas de obras de arte em 3D, materiais em Braille e atendimento em libras. Mais de 100 mostras, de consagrados artistas brasileiros e internacionais, já foram expostas na Casa Fiat de Cultura, entre os quais Caravaggio, Rodin, Chagall, Tarsila, Portinari entre outros. Há 19 anos, o espaço apresenta uma programação diversificada, com música, palestras, residência artística, além do Ateliê Aberto – espaço de experimentação artística – e de programas de visitas com abordagem voltada para a valorização do patrimônio cultural e artístico. A Casa Fiat de Cultura é situada no histórico edifício do Palácio dos Despachos e apresenta, em caráter permanente, o painel de Portinari, Civilização Mineira, de 1959. O espaço integra um dos mais expressivos corredores culturais do país, o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte. Mais de 4,5 milhões de pessoas já visitaram suas exposições e 700 mil participaram de suas atividades educativas.

SERVIÇO  
Exposição “Pausa para o devir na Casa Fiat de Cultura”
Período expositivo: 7 de outubro a 7 de dezembro de 2025
Visitação presencial: terça-feira a sexta-feira das 10h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h (exceto segundas-feiras)
Tour virtual no site: www.casafiatdecultura.com.br

Divinas Conversas | Bate-papo de abertura da exposição
7 de outubro, às 19h30, na Casa Fiat de Cultura
Inscreva-se gratuitamente pela Sympla: bit.ly/DivinasConversasPausa

Toda programação da Casa Fiat de Cultura é gratuita

Casa Fiat de Cultura  
Praça da Liberdade, 10 – Funcionários – BH/MG
Circuito Liberdade

Horário de Funcionamento
Terça-feira a sexta-feira, das 10h às 21h
Sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h

Informações 
www.casafiatdecultura.com.br
casafiatdecultura@stellantis.com
facebook.com.br/casafiatdecultura
Instagram: @casafiatdecultura
X: @casafiat
YouTube: Casa Fiat de Cultura

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