Peterson Baestero
De “pet-friendly” a “pet-inteligente”, BH acelera a adaptação de espaços urbanos

De academias a cinemas, a presença de cães em espaços urbanos da capital consolida em terras mineiras um movimento nacional que troca o improviso por projetos técnicos de bem-estar animal e convivência
A capital mineira entrou de vez na rota das cidades que tratam a presença dos pets como pauta de urbanismo, não como adereço. Academias, cinemas, feiras populares e tantos outros exemplos já estão adotando estruturas especializadas, pensadas a partir do comportamento canino e de protocolos de segurança, transformando o cotidiano de tutores e animais.
Essa virada já aparece em formatos e ações tão distintas quanto concretas pela cidade. O exemplo mais recente é a Cãolimpíadas Bodytech, evento inédito e pioneiro de academia com cães em BH que foi realizado no último sábado (14/9), com arena especializada e dinâmicas guiadas, como estações de foco, zigue-zague e faro, mediadas por profissionais de comportamento para trabalhar autocontrole, conexão tutor–cão e gasto de energia mental de forma segura. Embora a edição tenha sido exclusiva para alunos, ela reafirma o crescimento de movimento que já vem se desenhando em terras belorizontinas.
No eixo do entretenimento, o CineDog, por exemplo, levou no mês de junho pets ao cinema com som reduzido, luz suave, circulação planejada e equipe de apoio, antecedidos por arena para desacelerar os cães antes da sessão. Na rotina de consumo popular, a famosa Feira do Mineirinho instalou um espaço gratuito mensal assistido com recreação e serviços (de ultrassonografia a alimentação natural), permitindo que o tutor circule enquanto o pet se diverte com segurança.
Em comum, todos esses casos trocam o improviso por projetos técnicos baseados em etologia, operação com controle de acesso e fluxos e uma lógica de bem-estar como critério de design. O recado é claro: o velho “cantinho pet” não dá mais conta e BH entrou na fase do espaço pet inteligente, funcional e urbano de verdade.
Tendência que saiu da agenda de costumes e entrou no projeto de cidade
Com mais de 70% dos lares brasileiros convivendo com ao menos um animal, BH vive a mesma mudança que redesenha shoppings, praças, empreendimentos e eventos no país: o pet como eixo real de sociabilidade. A diferença agora é o como, já que em vez de gramado cercado, surgem soluções modulares (zonas de estímulo, descanso e socialização), acessos com antecâmara, piso drenante, sombreamento e hidratação, sinalização educativa e mediação profissional. O resultado é bem-estar para o animal, tranquilidade para o tutor e convivência mais harmoniosa para quem nem tem pet.
Segundo Thiago Dester, cofundador da Arena CrossDog, empresa especializada em espaços pet interativos e que “puxam a fila” dessa tendência no estado, BH já é um exemplo de laboratório a céu aberto para essa nova realidade:
“Academia, cinema e feira popular são apenas alguns exemplos que experimentam modelos que respeitam a natureza do cão e a operação do espaço. Isso vai além de ‘ser pet-friendly’; é ser funcional, seguro e inclusivo. Quando o projeto nasce da etologia, a cidade toda ganha”, afirma.
Três cases que explicam a virada em BH
1- Academia – Cãolimpíadas Bodytech (Ponteio): estação de foco (autocontrole), zigue-zague (conexão tutor–cão) e faro (gasto de energia mental), além de brincadeiras guiadas como “cadeira musical canina” e “pare e vai”. A programação inclui tenda de conhecimento (bem-estar/comportamento), feira pet de microempreendedores e apoio de marcas parceiras, como Dogs Shop, Elanco e Premier. Evento exclusivo para alunos, mas um sinal nítido de que o fitness incorporou a cultura pet com técnica.
2 – Cinema – CineDog: sala com som reduzido, luz suave, circulação facilitada e equipe de apoio para evitar estresse sensorial e garantir segurança. Antes da sessão, arena móvel para os cães gastarem energia – estratégia que reduz a excitação e melhora a experiência do público.
3 – Feira popular – Feira do Mineirinho: todo primeiro domingo do mês até o final do ano o público conta com espaço pet gratuito e assistido, além de expositores de serviços (ultrassonografia veterinária, alimentação natural, petiscos desidratados, confeitaria pet). Enquanto o tutor circula, o cão se diverte com segurança – logística que melhora a jornada de consumo e organiza a convivência.
“Quando cidades e marcas saem do improviso e adotam critérios técnicos, diminui o ruído, a sujeira em áreas de circulação, o risco de fuga e o estresse dos animais. A experiência melhora para todos e o equipamento urbano ganha valor de uso”, completa Isabella Pires, cofundadora da Arena CrossDog.
Do “decorativo” ao “operável”: o que muda na prática
Segundo Thiago, a migração do “espaço decorativo” para o espaço operável tem impacto direto em três frentes.
A primeira delas, é no bem-estar animal, já que estímulos adequados, socialização segura e manejo sensorial reduzem a ansiedade e comportamentos indesejados. A segunda passa pela operação do local, ou seja, menos conflitos, fluxos claros, regras aplicáveis e cuidado compartilhado entre público e gestão. Por fim, a adaptação influencia na economia da experiência, uma vez que a vivência vira atributo de marca, movendo visitação, permanência e fidelidade.
“Não é sobre ‘deixar entrar com pet’. É desenhar experiências completas, com começo, meio e fim para o cão e para o tutor. A cidade é o palco; cachorros e pessoas são o elenco. Quando o cenário é bem montado, o espetáculo acontece, sem improviso”, afirma Thiago Dester.
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