Gordura no fígado: condição silenciosa cresce no Brasil e nutricionistas viram aliados no tratamento – Entrete1
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Gordura no fígado: condição silenciosa cresce no Brasil e nutricionistas viram aliados no tratamento

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Dra. Roberta Lara - Crédito da Foto: Divulgação
Dra. Roberta Lara - Crédito da Foto: Divulgação

Dra. Roberta Lara alerta sobre os perigos da esteatose hepática e como a alimentação pode reverter o quadro

Ela não dói, não dá sinais claros e, muitas vezes, é descoberta por acaso em um exame de rotina. A esteatose hepática, conhecida popularmente como gordura no fígado, é uma das doenças que mais crescem no Brasil e já afeta até crianças.

“É uma epidemia silenciosa ligada ao estilo de vida moderno”, alerta a nutricionista Roberta Lara, especialista em fatores de risco cardiovasculares pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) e mestre e doutora pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP). “A boa notícia é que ela tem tratamento e o nutricionista tem papel fundamental nesse processo.”

Antes de tudo, o que é esteatose hepática? A esteatose hepática ocorre quando há acúmulo anormal de gordura nas células do fígado. Ela pode ser provocada pelo consumo excessivo de álcool, mas a forma mais comum é a não alcoólica, associada à má alimentação, sedentarismo, obesidade e resistência à insulina.

Estima-se que mais de 30% da população brasileira tenha algum grau da doença. “É preocupante, pois muitos só descobrem quando a condição já evoluiu para quadros mais graves, como inflamação, fibrose ou até cirrose hepática”, explica Roberta.

O perigo do excesso de açúcar e farinha branca

O alto consumo de açúcares simples e farinhas refinadas, como os encontrados em doces, refrigerantes, pães brancos e massas, é considerado um dos principais fatores de risco para o aumento dos níveis de triglicerídeos no sangue e o acúmulo de gordura no fígado.

“Esses alimentos elevam rapidamente a glicose sanguínea, estimulam a produção de insulina e favorecem a conversão do excesso de açúcar em gordura, especialmente na região hepática”, esclarece a nutricionista. A longo prazo, essa sobrecarga pode levar ao desenvolvimento de hipertrigliceridemia e esteatose hepática não alcoólica, mesmo em pessoas que não consomem álcool.

Nem sempre há sintomas

A esteatose costuma ser assintomática. Em alguns casos, o paciente pode relatar cansaço, mal-estar, inchaço abdominal ou dor no lado direito do abdômen.

O aumento e endurecimento da circunferência abdominal já pode ser um sinal de alerta. “O ideal é que a circunferência abdominal não ultrapasse 102cm nos homens e 88cm nas mulheres. Esses números ajudam a identificar riscos mesmo antes da realização de exames”, orienta Roberta.

Dra. Roberta Lara - Crédito da Foto: Divulgação

Dra. Roberta Lara – Crédito da Foto: Divulgação

Nutrição como ferramenta de reversão

Segundo a especialista, o tratamento da gordura no fígado passa diretamente pela mudança no estilo de vida e começa pela alimentação.

As principais orientações incluem:

Reduzir o consumo de ultraprocessados ricos em açúcares, farinhas refinadas, gordura trans, gordura saturada, sódio e xarope de milho;
Ter equilíbrio: nem todo alimento processado é prejudicial, o foco deve estar na qualidade e frequência do consumo;
Priorizar alimentos in natura, como frutas, verduras, legumes e cereais integrais;
Incluir gorduras boas, como azeite de oliva e ômega-3;
Evitar o excesso de bebidas alcoólicas;
Inserir alimentos ricos em antioxidantes e anti-inflamatórios na rotina, como gengibre, cúrcuma, limão, frutas vermelhas, linhaça e chia;
Praticar atividade física regularmente, mesmo que seja uma simples caminhada e manter bons hábitos de sono.

“Trata-se de uma mudança possível e muito benéfica. A alimentação não é apenas um instrumento de emagrecimento, ela é um verdadeiro remédio quando aplicada com consciência”, reforça Roberta, que também possui pós-graduação em Medicina do Estilo de Vida pelo Hospital Albert Einstein.

Quando procurar ajuda?

Pessoas com histórico de obesidade, colesterol alto, diabetes tipo 2 ou que apresentem sintomas gastrointestinais frequentes devem buscar orientação profissional. No Instituto de Nutrição & Estilo de Vida, fundado e coordenado pela Dra. Roberta Lara, os atendimentos são baseados em evidências científicas e uma abordagem individualizada.

“Não tratamos apenas a doença, tratamos o paciente como um todo. Cuidar do estilo de vida é a chave para prevenir e reverter diversos quadros de saúde”, finaliza a especialista.

Sobre a doutora

A Dra. Roberta Lara é nutricionista clínica, especialista em fatores de risco em cardiologia pela SOCESP, mestre e doutora pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP, com pós-graduação em Medicina do Estilo de Vida pelo Hospital Albert Einstein. À frente do Instituto de Nutrição & Estilo de Vida, oferece atendimento individualizado, com base em ciência e foco na transformação de hábitos.

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