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Leca Araujo é uma Artista Plástica Brasileira e ganha espaço na Europa com temas sociais e materiais reciclados

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Leca Araujo - Crédito da Foto: Giselle Münger

Na semana dos direitos humanos dia 28/06, a brasileira Leca Araujo terá uma exposição individual no Palácio das Nações Unidas em Genebra.

A mostra intitulada “Between Mind and Matter”, que quer dizer “Entre a mente e a matéria”, traz a série CHOIX (que quer dizer “escolhas ») que propõe uma reflexão sobre nossa capacidade de “bordar” nossos caminhos e nossa realidade (neste mundo de dualidades em que vivemos) através de nossos pensamentos.

A artista plástica Leca Araujo explica que a saúde mental é a pauta deste ano para a Organização Mundial da Saúde. Hoje sabe-se, ou redescobriu-se o que os filósofos gregos já diziam há muito tempo atrás: que tudo começa na mente. O mundo está despertando. Trata-se de um caminho natural e sem volta. Me sinto privilegiada por participar, contribuir e despertar junto através da minha arte”, explica a artista plástica.

A mostra, composta de portas, janelas e gavetas recicladas, faz parte de um prêmio que a artista ganhou da diretora geral da ONU em Genebra (Tatiana Valovaya, a primeira mulher a ocupar o cargo) em 2020, em um concurso de arte por ocasião dos 75 anos da ONU, com a obra Maria Bertha.

A obra premiada, que homenageia a brasileira Bertha Lutz, responsável pela inclusão dos direitos da mulher no charter da ONU em 1945, integra a série “As Marias” que retrata e homenageia vários tipos de mulheres brasileiras. Além de tentar trazer à tona as diversas brasileiras que sofreram violência, racismo e exclusão social, ela também retrata diversos perfis de mulheres admiráveis, como Fernanda Montenegro e a própria Maria da Penha, uma das mulheres mais importantes no cenário feminino nacional.

Leca Araujo - Crédito da Foto: Giselle Münger

Leca Araujo – Crédito da Foto: Giselle Münger

A vítima de violência doméstica Maria da Penha inspirou a criação da Lei homônima de Proteção à Mulher. Na série, a homenageada é pintada com o cabelo repleto de tomadas, que representa a tentativa de assassinato por choque de descarga elétrica. A ONU reconhece a lei Maria da Penha como uma das melhores legislações do mundo para combater a violência contra a mulher.

“Na ONU estarei representando o Brasil pela segunda vez, e honrar essa bandeira aqui fora, não tem preço. Distante da terrinha há muitos anos, sou do tipo que chora só de ouvir o hino nacional”, conta emocionada a artista plástica.

É a segunda vez que Leca Araujo expõe no Palácio das Nações Unidas. Em 2018 a artista também esteve presente com a série “As Marias” através de uma mostra individual homónima. Com esta série, Leca Araújo já expôs em diversas cidades da Europa e participou de bienais como Florença, Lyon e ainda da mostra Personal Structures, no contexto da bienal de Veneza (a principal do mundo da arte), no Palazzo Mora (Veneza) ao lado de artistas contemporâneos renomados como Yoko Onno, Jeff Koon, entre outros.

Leca Araujo cresceu em uma família de arquitetos e por essa razão teve acesso muito cedo a diferentes tipos de arte, materiais e mídias. Os seus primeiros trabalhos foram por volta dos 10 anos de idade, os quais traziam carvão sobre papel, pirogravura e pintura à óleo sobre eucatex, num estilo mais clássico.

Morando há 11 anos em Genebra, seu trabalho atualmente tem como base temas sociais e equilíbrio humano.

Para isso, Leca faz uso de diversos tipos de materiais, suporte e tinta, através de técnica mista.

Leca Araujo - Crédito da Foto: Giselle Münger

Leca Araujo – Crédito da Foto: Giselle Münger

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