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O caminho mais eficiente em estruturar a governança corporativa em organizações privadas é investir na criação de Áreas de Governança e Compliance
O título da presente matéria já sugere uma prática de governança de organizacional pouco discutida entre os especialistas, mas que detém um poder de extrema relevância ao fortalecimento e à eficácia das ações de governança e compliance implementadas em uma organização. Segundo a CEO da Radar Corporativo, Roberta Castro, criar, robustecer e conceder o máximo de autonomia às unidades internas de governança e compliance em uma empresa faz com que gere maior segurança à atuação dos administradores e demais gestores, bem como evite assimetria de informações e conflito de interesses ao seu processo decisório.
Isso porque, a Área de Governança e Compliance atuará com profissionais especializados na temática, conhecidos atualmente como Governance Officer e Compliance Officer, respectivamente, sendo uma atividade transversal a todas as demais áreas da empresa. O conhecimento macro estratégico-operacional que esses especialistas devem possuir perante o que acontece dentro do contexto empresarial impacta diretamente na análise e julgamento dos processos da empresa.
Não apenas isso, ainda de acordo com a especialista, as áreas trabalham de forma multidisciplinar com a função de outros técnicos responsáveis pela gestão estratégica, gestão de risco e identificação de controles internos pertinentes ao devido mapeamento de atividades e processos que chegam ao cunho decisório da Alta Administração. Logo, o funcionamento dessas áreas de atuação transversal e com agentes multidisciplinares alimentam as decisões empresariais de forma mais justas, equitativas, eficientes, alinhadas ao propósito institucional e sustentáveis, principalmente, economicamente.
Além disso, a Área de Governança, em especial, detém a inteligência técnica compilada da Companhia. Isso quer dizer que a inovação e sustentabilidade ambiental, social e econômica devem ser controladas por ela ao ponto de formar um banco de dados para o devido reporte das informações à Alta Administração e demais gestores da organização. A ponto de ser um centro de controle de informações estratégicas que permitem que a empresa caminhe de acordo com a missão, visão e valores definidos por seus sócios, acionistas ou dono do negócio.
Tornando o planejamento estratégico, alinhado às execuções tático-operacionais de gestão, o objeto fundamental de monitoramento dos administradores com a implementação efetiva das estratégias. Deixando de ser apenas uma folha de papel para ser considerado de fato um dos instrumentos mais relevantes da empresa com metas e indicadores definidos que direcionam os negócios empresariais de acordo com o propósito institucional.
E esse monitoramento não se restringe às ações estratégicas-operacionais, mas também aos resultados de ouvidoria, auditoria, riscos, integridade, entre outros órgãos de controle, que instruem o banco de dados a evitar ameaça ou prejuízos à imagem e reputação empresarial que podem arruinar o conceito da organização perante o mercado.
Já a área de compliance, mais uma unidade estratégica de controle, mostra-se necessária à prevenção, detecção, treinamento e repressão de atos de seus colaboradores que possam causar violação às regras e condutas da empresa. Fazendo com que sua importância já seja considerada uma ação preventiva que mitiga riscos a ponto de minimizar os reportes à autoridade máxima da empresa.
Essa mitigação se dá devido atuação da própria área no sentido de treinamentos, condutas educativas internas, bem como outras atuações que conscientizam as partes interessadas da empresa obedecerem as diretrizes normativas, éticas e de integridade voltadas ao contexto empresarial. Não apenas isso, ter um especialista em compliance e uma área estruturada, a ponto de realizar entregas de dados e processos fundamentados que diminuem o prejuízo de uma violação de condutas ou valores de fornecedores, empregados ou demais agentes, oportuniza melhor reflexão técnico à decisão dos próprios administradores, quando do reporte e descrição que se requer a função.
Ademais, complementa Roberta Castro, que a implementação dessas áreas detendo o condão de fortalecer a cultura empresarial implica no fato de empregados e colaboradores da empresa, atentos e cientes da implementação e eficácia das boas práticas, assumam postura protagonista de defesa dos ideias e valores da empresa. Consequentemente vestindo de fato a camisa da empresa, colaborando para um ambiente propício a negócio, gerando valor institucional e contribuindo com a gestão de pessoas com a melhora do clima organizacional.
E essa onda de fortalecimento da cultura empresarial, com a atuação das Áreas de Compliance e Governança, vai além da estrutura interna, uma vez que impacta todos os colaboradores, fornecedores, contratados e, em especial, os clientes da empresa. Isso porque, as vendas de serviços ou bens, dependendo do objeto finalístico institucional, avolumam-se à medida que os cliente confiam e depositam credibilidade na aquisição desses produtos pela boa reputação e responsabilidade socioambiental.
Sendo assim, não há outra conclusão a se definir que a constituição das Áreas de Governança e Compliance implicam diversos benefícios relacionados diretamente a assegurar o próprio objeto social da empresa mantendo salutar o seu ambiente de negócios, assim como corroborando com a perpetuidade, segurança e credibilidade institucional com atuação crível e moral de seus sócios e executivos.
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