Joacles Costa
Teatro: “Manga Rosa, Coração Civil” nasce no presídio do ES
O espetáculo “Manga Rosa, Coração Civil” é resultado direto da oficina de iniciação teatral promovida pelo Projeto Palco Livre: teatro no presídio LGBTQIA+, iniciativa contemplada pelo Funcultura PNAB, por meio do Edital 04/2024 – Valorização de territórios e diversidade cultural, da Secretaria da Cultura.
A oficina foi realizada no Presídio de Segurança Média 2 (PSME-2), unidade referência para a população LGBTQIA+ no Espírito Santo. Desde 26 de agosto de 2025, todas as terças-feiras, entre 14h e 16h, quinze internos e internas participaram de encontros semanais voltados para expressão corporal, técnicas vocais, jogos teatrais e exercícios de improvisação.
A dramaturgia de “Manga Rosa, Coração Civil” foi construída coletivamente, a partir das dinâmicas propostas pelo oficineiro, idealizador e coordenador do projeto, Antonio Marx. O eixo central da encenação é a defesa dos direitos humanos, traduzida em metáforas e personagens que refletem a realidade e os sonhos dos participantes.
A narrativa traz símbolos fortes: a manga, fruta ausente no cotidiano dos internos; Rosa, mãe de um menino negro que busca liberdade ao catar mangas no quintal vizinho; e o Coração Civil, metáfora da luta contra o racismo, o machismo, a LGBTfobia e todas as formas de opressão. O título também dialoga com a canção homônima de Ney Matogrosso, que embala a apresentação, ao lado da denúncia visceral de Elza Soares em “A Carne”.
O espetáculo equilibra a dureza da tragédia com a irreverência e alegria características da comunidade LGBTQIA+. A estreia está marcada para 9 de dezembro de 2025, véspera do Dia Internacional dos Direitos Humanos, às 14h, dentro do PSME-2, em Viana (ES). A sessão será restrita a internos, internas e convidados.
O Projeto Palco Livre conta com a parceria da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), por meio do Núcleo de Direitos Humanos e Saúde (NuDHS), e da Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos – Espírito Santo (ReBEDH-ES). A equipe responsável reúne Antonio Marx (oficineiro e roteirista), Marlene Martins (orientação pedagógica), Marissa Martins (fonoaudiologia) e Ana Carla Faria (terapia ocupacional). Colaboradores convidados, como Márcio Martins (corpo) e Ilus (voz), também contribuíram para o processo.
O projeto recebeu apoio institucional da Secretaria de Justiça (Sejus), por meio da direção do PSME-2 e seu corpo técnico. Durante os encontros, emergiu ainda um talento inesperado: a interna Marieta Joaquina, que revelou paixão pelo canto lírico e encantou colegas e equipe.
Assim, “Manga Rosa, Coração Civil” se consolida como um marco cultural e social, reafirmando o poder transformador do teatro em espaços de privação de liberdade e dando voz à diversidade que resiste e floresce mesmo em ambientes de clausura.
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